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III Jornadas de Aquacultura

A The Tomorrow Company participou e apoiou as III Jornadas de Aquacultura, que se realizaram no dia 2 e 3 de março de 2023, no Funchal. 

A aquacultura é uma atividade que tem vindo a ganhar cada vez mais relevância em Portugal, permitindo a produção de peixe em ambientes controlados, com características organoléticas, físicas e químicas semelhantes às do peixe selvagem. No entanto, ao contrário do peixe selvagem que tem acesso a uma alimentação variada no oceano, o peixe produzido em aquacultura está sujeito a medidas de controlo mais rigorosas, como a alimentação e a monitorização de doenças, o que lhe confere maior segurança alimentar.

Além dos benefícios em termos de qualidade e segurança alimentar, a produção local de peixe também pode contribuir para a diversificação da economia e para a diminuição da dependência de mercados externos, como é o caso da Madeira, onde as vendas de peixe produzido em aquacultura renderam 8 milhões e 400 mil euros. No entanto, ainda há muito a ser feito para reduzir a dependência de importações de peixe, já que cerca de 70% do peixe consumido em Portugal é importado, representando um custo de 900 milhões de euros e não gerando rendimento e economia local.

Outros benefícios da aquacultura incluem a eficiência no uso de alimentos, com um índice de conversão alimentar menor em comparação com a pesca tradicional, e o aumento da biodiversidade junto às jaulas, devido ao alimento e à matéria orgânica gerada. No entanto, é importante que haja um ordenamento do território que equilibre a produção de alimento com base na aquacultura, o turismo e o impacto visual e efetivo nos ecossistemas.

Em Portugal, duas das espécies mais produzidas em aquacultura são o robalo e a dourada, cuja qualidade é reconhecida a nível internacional. No entanto, os stocks de peixe são limitados para a pesca, o que torna a produção em aquacultura uma opção viável e sustentável. Apesar de ser uma atividade com um grande potencial, a aquacultura ainda enfrenta alguns desafios, como a regulamentação, a falta de investimento e de formação especializada. No entanto, os consumos de peixe deverão manter-se e até crescer, o que pode impulsionar a expansão da aquacultura em Portugal.